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Senti necessidade de me expressar de outra forma que não através da música e da fotografia, antigas paixões. E foi uma surpresa quando vi que a matéria-prima com que trabalho há tanto tempo, a linguagem, poderia me dar a tábua de salvação expressiva de que eu tanto precisava e que tem me ajudado muito nos meus melhores e piores momentos, a poesia.

Vou listar aqui algumas dessas minhas tentativas de escrever poemas, cronologicamente. Todos os textos são de minha autoria. Mas como até meu romantismo é extremo, você não encontrará aqui poemas românticos nem melosos. São mais humanistas e existenciais, e como tudo ligado à existência, podem, eventualmente, demonstrar algum peso e pessimismo. Não tenho pretensão outra a não ser expressar minhas dores, loucuras, alegrias, dúvidas, angústias, revoltas e outros sentimentos que moram em mim.

Claudia Pinelli Baraúna Rêgo Fernandes®

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"Se eu ler algo e ele fizer meu corpo inteiro gelar, de uma forma que não haja fogo que possa me aquecer, eu sei que se trata de Poesia."



Emily Dickinson

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Alma aprisionada

Quanto sofrimento
um ser humano
é capaz de aguentar
depois de bem nascer
com loucura amar
intensamente viver
e com belas fadas aprender a sonhar?

Quanta angústia
por um ser humano
pode ser suportada
se a alma ainda viva
está aprisionada
de forma definitiva
numa moradia destruída e despedaçada?

Quanta esperança
um ser humano
é capaz de conservar
mesmo quando a vida
insiste em lhe abandonar
apontando como saída
a pior e mais difícil decisão a se tomar?

Quantas indagações
assim como estas
um ser humano aflito
poderá enfim responder
sem que surja novo atrito
que então faça crescer
a luta do corpo doente e do livre espírito?


Claudia Fernandes



20 de setembro de 2007

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