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Senti necessidade de me expressar de outra forma que não através da música e da fotografia, antigas paixões. E foi uma surpresa quando vi que a matéria-prima com que trabalho há tanto tempo, a linguagem, poderia me dar a tábua de salvação expressiva de que eu tanto precisava e que tem me ajudado muito nos meus melhores e piores momentos, a poesia.

Vou listar aqui algumas dessas minhas tentativas de escrever poemas, cronologicamente. Todos os textos são de minha autoria. Mas como até meu romantismo é extremo, você não encontrará aqui poemas românticos nem melosos. São mais humanistas e existenciais, e como tudo ligado à existência, podem, eventualmente, demonstrar algum peso e pessimismo. Não tenho pretensão outra a não ser expressar minhas dores, loucuras, alegrias, dúvidas, angústias, revoltas e outros sentimentos que moram em mim.

Claudia Pinelli Baraúna Rêgo Fernandes®

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"Se eu ler algo e ele fizer meu corpo inteiro gelar, de uma forma que não haja fogo que possa me aquecer, eu sei que se trata de Poesia."



Emily Dickinson

sábado, 15 de setembro de 2007

Os dois pólos

Hoje estou tão alegre
com vontade de fazer mil coisas
marco um compromisso
sinto que estou finalmente bem
e fico muito satisfeita com tudo isso

Deito na minha cama
demoro até que consiga relaxar
fantasio nuvens num céu
mas na verdade era eu insone
jazindo neste mui fúnebre mausoléu

Mas enfim amanhece
vejo que não sou mais a mesma
já não estou tão animada
mas melancólica, fria, arredia
sonhando com uma morte anunciada

Até quando isso tudo?
quando acabará meu sofrimento?
não aguento mais o fato
de ser uma certa pessoa hoje
e nem imaginar meu futuro imediato.


Claudia Fernandes



16 de setembro de 2007

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