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Senti necessidade de me expressar de outra forma que não através da música e da fotografia, antigas paixões. E foi uma surpresa quando vi que a matéria-prima com que trabalho há tanto tempo, a linguagem, poderia me dar a tábua de salvação expressiva de que eu tanto precisava e que tem me ajudado muito nos meus melhores e piores momentos, a poesia.

Vou listar aqui algumas dessas minhas tentativas de escrever poemas, cronologicamente. Todos os textos são de minha autoria. Mas como até meu romantismo é extremo, você não encontrará aqui poemas românticos nem melosos. São mais humanistas e existenciais, e como tudo ligado à existência, podem, eventualmente, demonstrar algum peso e pessimismo. Não tenho pretensão outra a não ser expressar minhas dores, loucuras, alegrias, dúvidas, angústias, revoltas e outros sentimentos que moram em mim.

Claudia Pinelli Baraúna Rêgo Fernandes®

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"Se eu ler algo e ele fizer meu corpo inteiro gelar, de uma forma que não haja fogo que possa me aquecer, eu sei que se trata de Poesia."



Emily Dickinson

domingo, 16 de setembro de 2007

Volátil, o tempo...

A humanidade acredita
que pode comprar tudo
mas está cega
e não vê
que as coisas essenciais
nunca comungam com o ter

Plástica custa dinheiro
carros modernos idem
mas quanto custa
a você
algo tido como precioso
e que lhe dá imenso prazer?

O tempo preenche a vida
e a vida flui junto com ele
mas será possível
convencer
alguém a comprar tempo
para só então fazê-lo crescer?

É óbvio: a resposta é não
o tempo não é acumulado
é uma mera ilusão
querer
aprisionar para sempre algo
livre e que não vai envelhecer


Como você.




Claudia Fernandes




16 de setembro de 2007

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