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Senti necessidade de me expressar de outra forma que não através da música e da fotografia, antigas paixões. E foi uma surpresa quando vi que a matéria-prima com que trabalho há tanto tempo, a linguagem, poderia me dar a tábua de salvação expressiva de que eu tanto precisava e que tem me ajudado muito nos meus melhores e piores momentos, a poesia.

Vou listar aqui algumas dessas minhas tentativas de escrever poemas, cronologicamente. Todos os textos são de minha autoria. Mas como até meu romantismo é extremo, você não encontrará aqui poemas românticos nem melosos. São mais humanistas e existenciais, e como tudo ligado à existência, podem, eventualmente, demonstrar algum peso e pessimismo. Não tenho pretensão outra a não ser expressar minhas dores, loucuras, alegrias, dúvidas, angústias, revoltas e outros sentimentos que moram em mim.

Claudia Pinelli Baraúna Rêgo Fernandes®

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"Se eu ler algo e ele fizer meu corpo inteiro gelar, de uma forma que não haja fogo que possa me aquecer, eu sei que se trata de Poesia."



Emily Dickinson

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Fugitiva

Turbilhões reviram minha mente
Para tentar encontrar não sei o quê
Fujo de mim
Me escondo bem longe
Quem sabe assim esqueço de ser

Mas não consigo esquecer de ser
Ninguém deixa de ser o que é
Pode até tentar fingir ser outro alguém
Mas, no fim, volta para si, pé ante pé

Essa roda viva vai acabar me matando
Perco o foco, fico tonta só de pensar
Respiro fundo para não cair no chão
Ou talvez o chão seria o melhor lugar?

Não, o chão não é o lugar ideal para estar
Transforma toda minha perspectiva
Aparentemente só existe uma vantagem
Fico fora do alcance dos olhares e assim me sinto mais viva

Mas se já estiver no chão, vou tomar um belo impulso
Ele certamente me trará para cima
Como estarei quando voltar, não sei
Mas quem sabe essa viagem não me anima?



Claudia Fernandes.




30 de janeiro de 2014.

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